Imagine um Brasil em que todas as crianças são alfabetizadas na idade certa. Um país em que a aprendizagem ao final do ensino fundamental é adequada, sem desigualdade racial. O setor público brasileiro tem muitos líderes de impacto, representando a diversidade do país e qualificados para os maiores desafios. Posições críticas dos governos federal, estaduais e municipais são ocupadas por pessoas preparadas e diversas. Esse cenário ainda parece um sonho distante. Mas dizem que “sonho que se sonha junto é realidade”, e há pessoas empenhadas em fazê-lo acontecer.
Duas delas são Joice Toyota e Marco Camargo, co-diretores executivos do Vetor Brasil. Em 7 anos de existência, a organização já atuou com mais de 8 mil profissionais em mais de 200 órgãos públicos, auxiliando governos na solução de desafios por meio da inovação em gestão de pessoas. A equipe do Vetor acredita que uma rede de profissionais engajada e diversa pode potencializar ainda mais o impacto do setor público brasileiro e provocar mudanças positivas em escala no país. Para tanto, apoia os governos a conhecer o potencial de seus times para desenvolver melhor suas habilidades, encontrar novos profissionais preparados e dispostos a responder às necessidades da população, e formar uma equipe engajada, diversa e de alta performance para gerar impacto social em todo o país.
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Joice, Marco, Fernanda e as equipes de Vetor e Gesto trilhavam caminhos distintos, mas já compartilhavam a mesma visão de longo prazo: desenvolver a capacidade institucional dos governos como forma de gerar impacto em escala. Em 2022, começaram uma aproximação que está prestes a virar casamento: decidiram se unir na missão de melhorar o setor público brasileiro. Ao longo de 2023, as organizações vão passar por um processo de fusão que resultará em uma nova organização, maior e mais bem posicionada para impactar positivamente o Brasil com soluções sustentáveis e escaláveis.
“Temos orgulho de tudo o que construímos até aqui e sabemos que juntas podemos gerar mais impacto positivo para o Brasil. Ambas as organizações trabalham potencializando pessoas em contextos chave para o desenvolvimento do setor público: na educação de crianças e jovens e na formação de líderes e órgãos para gerar impacto social em escala e com eficiência. Agora, temos o potencial de criar um portfólio completo de produtos para os gestores públicos, uma solução única e central para o governo e as secretarias”, diz Joice. “A fusão vai alavancar recursos, aprimorar nossas ações e trazer melhores resultados no apoio aos governos. Vamos continuar a construir uma sociedade próspera, sustentável e com equidade, fortalecendo as pessoas e as práticas de gestão para a geração de políticas públicas eficazes para a população. E, juntos, nosso impacto será muito mais potente.”
Segundo Fernanda, o jeito de trabalhar das duas organizações também traz semelhanças. “Gerenciamos programas com uma metodologia customizável e baseada em indicadores de sucesso, KPIs, cases de sucesso e referências acadêmicas. Construímos soluções coerentes que respeitam a realidade local e visam a perenidade e eficiência nos processos de gestão. Nossa abordagem é contemporânea e colaborativa para lidar com novos desafios e promover transformações profundas no jeito de se fazer gestão pública no país. Por fim, criamos capacidade de gestão dentro dos governos e temos resultados comprovados em diferentes territórios”, afirma.
No Brasil, processos de fusão no terceiro setor são pouco usuais. Em outros países, como nos Estados Unidos, é relativamente comum organizações sem fins lucrativos com objetivos similares se unirem para ganhar ainda mais força para alcançar seus objetivos.
No caso de Vetor e Gesto, o processo de fusão está sendo cuidadosamente planejado, com a liderança das duas organizações. “Não é o Gesto que adquire o Vetor e nem o Vetor que adquire o Gesto. A fusão se trata de uma parceria do mais alto nível de duas organizações que compartilham da mesma ambição de melhorar o setor público brasileiro”, reforça Marco.
“Desde o final de 2022 estamos em conversa com a equipe do Gesto, nos conhecendo, encontrando as similaridades entre nossos programas e planejando. Tem sido uma experiência muito bacana, e os times estão empolgados.”
No curto prazo, ambas as marcas coexistem e se mantêm ativas alavancando todo o reconhecimento que possuem com governos, doadores e lideranças no Brasil inteiro. “Vetor e Gesto já são organizações reconhecidas pela sua excelência e entrega de resultados – e isso não vai mudar. Iniciamos no primeiro trimestre deste ano um processo gradual de fusão que será finalizado até o início de 2024. Estamos construindo um cronograma considerando os colaboradores, a continuidade das parcerias com os territórios e a sinergia entre as metodologias dos programas tanto do Vetor quanto do Gesto. Até lá, teremos novo nome, nova estrutura e nova governança”, conta Fernanda.
Nesta semana, entre 7 e 9 de março, as equipes de Vetor e Gesto se encontraram pela primeira vez em uma imersão presencial conjunta, em São Paulo. “Foi uma oportunidade única de experimentar novas formas de colaboração e descobrirmos, juntos, como será a nossa nova dinâmica de trabalho. Ao nos reunirmos presencialmente, compartilhamos nossas experiências e aprendemos com o outro time”, diz Fernanda.
“Após o período eleitoral e a chegada dos novos governos estaduais, vivemos uma janela de oportunidades muito importante, não só para aprofundar o trabalho que estamos fazendo, mas também expandir este trabalho para onde gostaríamos de chegar”, pontua Marco. Para ele, faz muito sentido unir esforços neste momento, a fim de utilizar o que existe de melhor nas duas organizações, aproveitando o aprendizado, e agindo de forma conjunta.
Vetor e Gesto contam com mais de 20 pessoas, fundações ou empresas – nacionais e internacionais – que financiam seus programas. Entre eles, doadores de peso como Mackenzie Scott, VélezReys+ (de David Vélez e Mariel Reyes), Imaginable Futures (de Pierre Omidyar), CLUA (Climate and Land Use Alliance), Fundação Lemann, Instituto humanize, República.org, Fundação Behring, Instituto Natura, Porticus e Itaú Social. A expectativa é que a organização combinada atraia ainda mais parceiros que compartilham do mesmo sonho para ajudar a torná-lo realidade. “Nossos objetivos são ambiciosos, por isso, precisamos de novos parceiros para chegar lá”, diz Joice.