A Ação “Sou mais eu porque sou você” traz histórias de mulheres puxando outras mulheres para a roda de homenagens. Trata-se de uma campanha nas redes sociais, onde o Vetor traz seis integrantes da sua rede para contar quais são as mulheres da sua vida. O objetivo da campanha é homenagear e ao mesmo tempo, conhecer um pouco mais da história destas mulheres.
Uma mulher sobe e puxa outra
É o caso da Advogada e Residente em Gestão Pública e Políticas Públicas em Educação, Thais Pereira. Ela conta que desde o início de sua caminhada profissional, foram mulheres que a inspiraram e a ajudaram a seguir em frente. “As minhas duas ex-chefes dos estágios, no INEMA-BA e TJ-BA, são fontes que, até hoje, me inspiram profissionalmente”, pontua. “Para além das minhas ex-chefes citadas acima, trabalhei por um bom tempo no setor de eventos e fui liderada por mulheres”.
Com essas e outras lideranças, ela conta que aprendeu valores como empatia, responsabilidade, profissionalismo, respeito, persistência, assim como resiliência, escuta ativa, organização, senso crítico, caráter e comprometimento. O lema que sempre traz consigo é “Uma mulher sobe e puxa a outra”, que sua amiga Rute Jesus, também trainee do Vetor Brasil, lhe apresentou como um mantra. Ela, que é da periferia de Salvador, assim como Rute, conheceu a rede através da amiga. “No Vetor, a gente encontra potências femininas dignas de serem modelos de inspiração, pelos ideais, motivos sociais e senso de humanidade”.
Ela conta também que em casa teve os melhores exemplos. “Com certeza a minha mãe é a minha principal fonte de inspiração e as minhas tias que, mesmo considerando o cenário de incertezas, conseguiram sustentar e desenvolver as suas famílias”, conta. “O resultado sou eu, em ascensão profissional, vivenciando culturas, estabelecendo conexões que nunca seria sequer permitido a minha mãe sonhar, considerando a realidade de sua trajetória”.
Thais lembra também sobre a importância de ser #VetorDasMinas e sobre os aprendizados no Vetor para um futuro feminino possível. “Quando se trata de mulheres da rede, logo me vem à mente a palavra sororidade e empatia. Com certeza almejo correr minha carreira sendo referência para outras mulheres.”
O mundo ainda não abre espaço para as mulheres, principalmente as negras
Para Janiele Paula, Mestranda em Gestão e Políticas Públicas e Coordenadora de Políticas Educacionais, mulheres precisam ser nomeadas, cada vez mais. Filha de Dona Vanilda de Paula, neta de Alaíde de Paula e sobrinha de Vânia Santos, ela diz que estas são as primeiras mulheres nas quais se inspirou. “Sou fã destas mulheres fortes, e valorizo muito nossas raízes”, conta.
Da carreira profissional, outros nomes fundamentais para sua construção surgem como Mafoane Odara, Eliane Butin, sua primeira coach, Noéle Gomes, mentora de saberes ancestrais e Simone Barreto, sua recente mentora de carreira. Janiele também não perde de vista nomes já conhecidos para sua formação humana como a força de Frida Kahlo, Lélia Gonzalez e Oprah Winfrey.
Com tantos nomes de mulheres influentes, Janiele enxerga a sua atuação no TGP do Vetor Brasil como determinante para se conectar com uma rede ainda maior de mulheres . “São colegas e amigas que têm feito a diferença em minha jornada, seja pela alegria compartilhada sobre nossas conquistas ou pelas dificuldades que vivenciamo, em um mundo que ainda não abre espaço para que as mulheres vivam seu pleno potencial, principalmente as mulheres negras”.
Ela ocupa lugares que normalmente homens ocupariam
Segundo Júlia Azevedo, Supervisora de Projetos de Inovação e Captação de Recursos do ICEPi (TGP), o Vetor Brasil proporcionou, como trainee, ocupar lugares que normalmente homens ocupariam. “Como Chefe da Assessoria de Relações Internacionais, a segunda mulher do Programa a ocupar o cargo, continuei percorrendo por ambientes masculinizados, mas junto com a rede de mulheres do Vetor, sinto que fizemos movimentos para incentivar a inclusão e a equidade de gênero”, explica ela.
Júlia conta que seu percurso de crescimento interpessoal foi um trabalho feito por muitas mãos femininas: “as mulheres da minha família, amigas, mulheres com que trabalhei, com as que me relacionei amorosamente, além da minha terapeuta, que me possibilitou a cura, o perdão e ver possibilidades de mudança e de novos caminhos”.
E sobre ser #VetorDasMinas, Julia acredita que as mulheres da rede são verdadeiras aliadas em sua construção subjetiva e técnica. “Ao enxergar e discutir a disparidade de gênero dentro da gestão pública, criou-se uma espaço para acolher, aconselhar e, quando possível, unir forças para garantir mais visibilidade ao trabalho das mulheres à nossa volta. Ocupar e construir no feminino: é esse o caminho”.
Liderança é o somatório de muitas mulheres que abriram caminho
O que é ser uma liderança? Para Marcia Brasileiro, é o somatório de muitas mulheres que abriram seus caminhos. “Tenho Maristelia Alves e Laurita Gerbis como as minhas mentoras profissionais que me inspiram por sua dedicação e convicção na possibilidade de transformar a educação no estado do Tocantins”. Ela cita também a autora Ana Michelle Soares “Ela me ajudou a compreender, em uma fase muito difícil da minha vida, a dimensão da nossa finitude e daqueles que amamos”.
Outro valor importante para um grande líder, é o lugar de aprendiz. Com um time formado 100% por mulheres, Marcia, que é Gerente de Ensino Integral do SEDUC, do Estado de Tocantins, enfatiza o impacto dessa equipe em sua gestão. “Elas me desafiam todos os dias a me tornar uma líder e uma pessoa melhor”, explica. “Não posso deixar de falar também da Cláudia Custin, que tive o privilégio de tê-la como tutora, e cuja trajetória na educação é admirável e me inspira a inovar para promover uma educação mais acessível e de qualidade”.
E, quando o assunto é a influência do Vetor Brasil em sua trajetória, Marcia acredita que a rede fortalece e apoia mulheres à prosseguirem juntas no compromisso de promover uma educação e uma gestão pública equitativa e de qualidade. “As formações e Programas oferecidos pelo Vetor contribuem exatamente nesse sentido, potencializando as transformações e as troca entre mulheres admiráveis.”
Mulheres são construídas a partir do olhar de muitas outras que ainda virão
Esther Leblanc, Cofundadora e Diretora do Instituto Arueras, e Alumni do TGP, busca na inspiração de escritoras como Chimamanda, acadêmicas como Gabriela Lotta, líderes e ativistas como Carmen Silva, políticas como Erika Hilton e cantoras como Elza Soares, o impulso para vislumbrar o futuro: “São muitas mulheres, e serão muitas mais”, pontua. “Começando por minha mãe, que é uma fonte de inspiração diária e desde sempre. Tenho certeza que todo o meu lado sociável, empático e pensando no social vem dela”.
Durante a carreira profissional, ela conta das inspirações de grandes lideranças femininas, que marcaram sua trajetória. “Tive a sorte de compartilhar o dia a dia de trabalho, no governo ou em organizações sociais, com mulheres extremamente competentes, progressistas e acolhedoras.”
Do Vetor Brasil, essa construção lhe rendeu frutos e parcerias. Esther, que é cofundadora do Instituto Arueras junto com Flávia Defacio se conheceram através da rede. “Sem o Vetor esse encontro não teria acontecido! Me sinto feliz e privilegiada por fazer parte de uma rede de mulheres que compartilham o mesmo sonho: trabalhar movidas por uma causa”.
E o que precisamos para influenciar umas às outras?
Para Tamyres Cristiane da Silva, que atua na Gerência de Políticas de Saúde da Mulher da SecMulher de Caruaru, aquelas que incentivam com sua própria trajetória, que outras mulheres, sobretudo mulheres negras, se apropriem de sua história, é o que precisamos para influenciar umas às outras. “Mary de Aguiar Silva, primeira Juíza Negra do Brasil, sem saber abriu caminho para que outras mulheres sonhassem e realizassem tanto quanto ela, especialmente nós mulheres negras. Me formei em Direito”.
Com outras mulheres influentes como a socióloga Sônia Ribeiro, mãe da Katiuscia Ribeiro, a Jornalista Glória Maria e a filósofa Sueli Carneiro, ela também criou sua própria narrativa influenciada por elas, com o olhar de mulheres que construíram um verdadeiro legado na vida.
Tamyres aponta também que o Vetor Brasil é esse lugar que prestigia e atua para o empoderamento das mulheres. “A rede influencia de forma a crescer como mulher diariamente e ver o quanto nós podemos ocupar o espaço que quisermos. Queremos cada vez mais mulheres, sobretudo as negras, no topo”.
Esses são alguns relatos de mulheres que acreditam que são melhores por que se apoiou em outras mulheres e faz com que esta corrente seja replicada. E você, conta pra gente: quais são as mulheres da sua vida, da sua carreira, que atravessam a sua existência e caminho? Vamos trazer mais algumas histórias inspiradoras por aqui! Marque nos comentários do blog as #MulheresDaNossaVida e faça parte dessa rede.